Muitas coisas – muitas mesmo – me impressionaram em Inhotim. Entre elas, a estrutura de alimentação à disposição do visitante. É raro ver algo parecido em museus e complexos culturais Brasil afora. Bem, o fato é que Inhotim não é propriamente um museu, é imensamente mais que isso. E, pra falar a verdade, ali, a gente às vezes quase esquece que é Brasil...
É claro que vi uma ou outra lanchonete meia boca, mas, no geral, o quesito gastronomia não escapou ao olhar criterioso com que tudo foi concebido no parque. Não que a comida seja especialmente boa. Não é isso. A questão é que, além de haver uma boa gama de opções, os espaços são extremamente agradáveis e sempre integrados ao exuberante cenário. Produziram-se ambientes que vão além de simples locais onde matar a fome antes de seguir, às pressas, pra próxima instalação. São lugares onde se tem prazer de ficar. Não circulei por todos eles (além dos dois restaurantes principais, há lanchonetes, omeleteria, pizzaria e café), mas foi o que percebi por onde andei.
Um simples ponto de venda de cachorro-quente, em Inhotim, não é um simples ponto de venda de cachorro-quente...
É parada providencial antes ou depois de se deslumbrar com a arte de Adriana Varejão...
No restaurante Oiticica, o mais próximo da entrada do parque – dela separado por um belíssimo lago –, o serviço é de bufê por quilo e o projeto arquitetônico, de tirar o chapéu. O amplo e moderno salão é completamente integrado à paisagem.
Os jardins vizinhos ao restaurante convidam a uma caminhada na companhia de Hélio Oitica e Edgard de Souza...
O outro restaurante do complexo, o Tamboril, foi meu pouso no dia em que almocei por lá. Menos monumental que o Oiticica, mais intimista. Tão acolhedor que, quando nos demos conta, já havíamos passado mais de uma hora ali...
O bufê tem muitas opções de pratos frios e alguns poucos pratos quentes. A comida não é especial, mas é bastante razoável. Mais gostosa e mais fresca que a de certo bufê famoso de Belo Horizonte, onde tive a infelicidade de comer no dia seguinte...
Mas o que importa mesmo é andar por ali em busca de saciar fomes de outra ordem. Fome de arte, de beleza, de contemplação. Inhotim resolve todas elas. Como poucos lugares no mundo.
Inhotim – Instituto de Arte Contemporânea e Jardim Botânico
http://www.inhotim.org.br/
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