Le Servan: a cozinha vibrante de Tatiana Levha

Julho 2015

Le Servan

O restaurante inaugurado em 2014 pela chef filipina Tatiana Levha é um símbolo da cozinha jovem e cheia de frescor arquitetada por uma nova geração que vem se estabelecendo em Paris nos últimos anos.

No diminuto e despretensioso salão, comandado por sua irmã, Tatiana apresenta um trabalho inteligente e atual, que transcende fronteiras e promove um diálogo entre diferentes culturas. O enxuto cardápio me revelou pratos vibrantes e cheios de sabor, que se distanciam do lugar-comum.

Couve-flor grelhada com delicioso creme de gergelim.

Le Servan

Wonton de boudin noir com sweet chili. Um belo exemplo da afluência cultural que marca a ementa da casa.

Le Servan

Ovo mollet com caldo de legumes, ovas de truta, ervilhas e pequenos aspargos: exaltação da primavera.

Le Servan

Alcachofras com espuma de especiarias e delicadas cebolas caramelizadas. Não me entusiasmou tanto, talvez por não encontrar o equilíbrio que havia em tudo mais que me foi servido ali. 

Le Servan

Finalmente, mais um prato que me pareceu traduzir com brilho a proposta do lugar: lulas, feijões pretos, tinta de lula, repolho roxo.

Le Servan

Experimentamos ainda as duas sobremesas do dia.

A tarte amandine tinha massa firme demais. Os morangos, frescos e suculentos, e um impecável coulis perfumado com baunilha roubavam a cena.

Le Servan

Nos profiteroles, a massa levíssima abraçava um ótimo sorvete de baunilha.

Le Servan

Enxerguei na cozinha do Le Servan a vibração da pluralidade que vem mudando as feições da capital francesa. Sem dúvida, um dos mais interessantes endereços que visitei em Paris recentemente.

 

Le Servan - 32 Rue Saint-Maur – 11ème

http://leservan.com/

 

por: Lea em 30-07-2015
Adorei! Nhammmm
por: Julien Mercier em 31-07-2015
Tatiana foi formada pelo Barbot. Da pra ver nos pratos que você postou a influencia do mestre.
Com certeza, irei visitar esse ano ainda...
por: Constance em 31-07-2015
Vale a pena ir, Julien. Gostei demais. Acho que ela passou ainda mais tempo com Passard do que com Barbot. Dois grandes mestres, sem dúvida.
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